FORUM DE DEBATE POLÍTICO

domingo, junho 18, 2006

Interessante, este país...

Há dezenas de notícias que apetece deslocar para este espaço de debate político.

Interessante, este país...

Quando "O CDS, na sua beata subserviência à ICAR, é bem a imagem de um partido de joelhos e mãos postas, pior, um partido de rastos,ignorando o carácter laico do Estado e a lei da liberdade religiosa, mais preocupado com a salvação da alma... pretende que nos actos públicos o Patriarca da ICAR seja equiparado a Ministro.

Esquece o devoto partido que o Cardeal já é Ministro, mas... do culto,..."


Interessante este país, quando as propostas de um partido da oposição são desta natureza...

De facto não admira que andemos distraídos, sobretudo agora, no tempo dos grandes eventos desportivos, mediáticos e noveleiros!

Como diz o meu amigo João Soares numa "sms" que acaba de me enviar: " Caramba Portugal não pode ser só futebol, show off mediático. Tem que dar a volta."

Mas paremos um bocadinho só para pensar. Ou talvez mais...

Montenegro Fiúza

domingo, junho 11, 2006

"Ainda a novela IKEA"

“Quando os que mandam perdem a vergonha, os que lhe obedecem perdem o respeito.”
Cardeal de Rietz



Vem isto a propósito de uma notícia publicada no Jornal Cardeal Saraiva de 09 de Junho de 2006 sob o título Campelo “desrespeitado” exige explicações.

- Após a divulgação pública da lista dos concelhos finalistas para receber o IKEA, Daniel Campelo, que assegura ter recebido “garantias” de que Ponte de Lima seria a eleita, acusa o governo e a empresa de ter mudado as regras do jogo a meio para servir outros interesses e mais uma vez contribuir para a “marginalização do interior”.
Por seu lado, o Primeiro-Ministro recusou comentar as acusações proferidas pelo autarca, e o Gabinete de Relações Públicas da IKEA em Portugal seguiu o mesmo procedimento. Já o Governador Civil do Distrito de Viana do Castelo diz que “ninguém assumiu nunca, publicamente, a escolha de Ponte de Lima para a instalação da fábrica sueca”
Confesso que desde o início desta novela, cujos protagonistas quiseram ter honras de horário nobre televisivo, se apoderou de mim um grande cepticismo acerca deste enredo.
Agora que, pelo que consta, o final da mesma não é azul celeste nem tão pouco cor de rosa, é caso para perguntar:
- Por quê realizar em Ponte de Lima o anúncio público deste investimento?
- Por que motivo o autarca Limiano falou em “garantias” e não as apresentou até ao momento?
- Por que razão o autarca Limiano deu os parabéns a Marques Mendes “pelas interferências que ele teve no processo desde o início”?

Não dá para entender! Ou talvez dê……!

Lá diz o ditado popular “zangam-se as comadres descobrem-se as verdades!”


Montenegro Fiúza

quinta-feira, junho 08, 2006

FOGOS FLORESTAIS

No passado fim de semana iniciou-se outro período de fogos florestais.
O clima era propício ao deflagrar dos fogos e dificultou o trabalho dos bombeiros.
O resultado foi mais uns milhares de hectares ardidos e que os nossos governantes consideram como "normal" face às condições climatéricas.
A forma como decorreram as operações de extinção destes incêndios é que não é de todo normal.
O Governo criou unidades de intervenção precoce e equipas helitransportadas para uma primeira intervenção nos fogos florestais de forma a tentar conte-los na fase inicial. No caso de Barcelos ( Fragoso ) a tal primeira intervenção não foi feita, não estava lá a equipa helitransportada segundo as informações veículadas na comunicação social. Onde é que estavam estes meios? Quem é o responsável pela activação dos mesmos? Foram gastos milhares de euros para obter estes meios, para quê?
Os meios aéreos só chegaram ao fim de dois dias, quando já nada havia para arder.
Segundo o secretário de Estado da Administração Interna estes meios são ineficazes quando as chamas são muito violentas. "Os aviões são muito importantes apenas no começo do fogo", disse aos jornalistas o secretário de Estado, Ascenso Simões. Mas se isso é verdade porque é que não actuaram no inicio? O que é que falhou? Quem são os responsáveis? Será que o fogo quando começou já era incontrolável?

Segundo declarações citadas no Jornal de notícias, edição on line " Manuel Veloso, ex-director de operações do Serviço Nacional de Protecção Civil, é taxativo ao dizer que o conceito está correcto, mas o problema é que as equipas helitransportadas estão mal localizadas, isto é, longe das zonas que se sabe serem de risco."

Estes acontecimentos resultam da falta de meios ou da incompetência de alguns (nomeadamente de quem decide)?

Quanto à etiologia dos fogos é evidente que nem todos podem ser derivados das condições climatéricas, senão o país todo estava a arder durante estes dias.
Fazem falta mais vigilantes nas florestas, nomeadamente voluntários (caso dos jovens - como ocupação dos tempos livres). Se não existe capacidade para contratar mais funcionários o governo deve apostar no voluntariado.
De uma vez por todas os nossos governantes têm de se convencer que sem uma politica de ordenamento territorial onde esteja prevista a reflorestação com espécies autoctones, devidamente ordenadas, com corta fogos, etc. não é possivel reduzir o numero de fogos.

Na minha opinião são necessárias vários aspectos a ter em conta para que se consiga diminuir o numero de fogos durante o ano.
Ordenamento territorial, vigilância, verticalização das cadeias de comando das forças envolvidas no cambate a incêndios, bons meios de combate, envolver a população civil na vigilância e prevenção através da formação de brigadas nas freguesias com meios básicos mas fundamentais no inicio dos fogos, etc.
As alterações climáticas fazem com que a época de risco seja maior cada ano que passa. Por isso é necessário a intervenção de todos para que evitemos este flagelo. Apostar na prevenção e na intervenção rápida é a solução mas isto não é possivel na situação actual em que as brigadas estão longe das zonas de risco.

José Carlos Roque

quarta-feira, junho 07, 2006

Parar para Pensar...


Será que andamos distraídos, enquanto:

20 mil pessoas morrem de fome por dia;
2 biliões (1 em 3)não sabem ler nem escrever ou efectuar operações aritméticas simples;
42 milhões de pessoas são seropositivas e milhões têm tuberculose, malária e outras doenças infecciosas;
1 bilião de pessoas, aproximadamente, sofrem de desnutrição;
4 biliões de pessoas vivem com menos de 1,5 € por dia;
1 bilião de pessoas não tem água potável.

Afinal, nós que continuamos a acreditar na Liberdade, na Igualdade e na Fraternidade, somos confrontados com a ausência de verdadeiras políticas de solidariedade, dos ditos "países ricos", no combate a este flagelo mundial.

É perciso pensar! Para agir rápidamente!

sábado, junho 03, 2006

IKEA em Ponte de Lima será mais uma miragem...?

"...IKEA investe 527 milhões em Portugal e cria 2.650 empregos


IKEA estuda Paços de Ferreira, Paredes e Estarreja para fábrica

O grupo sueco de mobiliário pretende abrir uma fábrica no Norte de Portugal. O local ainda não está decidido, mas a empresa anunciou estar a estudar três possibilidades: Paços de Ferreira, Paredes e Estarreja. A decisão é conhecida em Agosto..." in agência financeira


Uma Câmara Municipal não é, nem deve ser uma agência de empregos.
Contudo as Autarquias e os Autarcas têm de colocar no topo das suas agendas as Empresas e o Emprego do seu concelho.

Continuamos a defender a elaboração dos chamados P.I.I.R. , Projectos de investimento de Interesse Regional, que através da aplicação municipal em certos casos e em cooperação com outros municípios noutros, ajudem a modificar o atraso que a região norte se encontra, em particular, o concelho Limiano.

Montenegro Fiúza

quinta-feira, junho 01, 2006

EXERCÍCIO DO DIREITO DE RESPOSTA

O Bissemanário “Alto-Minho do qual o Senhor Fernando Pereira é desde sempre seu Director, auto define-se no seu editorial como: -“Um órgão de informação regional que pretende cobrir, com rigor e isenção e respeitando os princípios deontológicos, a ética profissional dos Jornalistas e a boa-fé dos Leitores, todos os acontecimentos dignos de ser noticiados nos Concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Esposende, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira” (o sublinhado é nosso).
O Sr. Director faz afirmações graves e sem fundamento que, não só contrariam os princípios deontológicos e a ética profissional acima referenciados, como também não respeitam a boa-fé dos Leitores, já que, por omissão premeditada (?) falta à verdade, induzindo-os a formular juízos de valor não condizentes com a realidade dos factos. Não esclarece, nem informa os Leitores com a isenção devida, emitindo opiniões de cariz duvidoso, com intenções manifestamente pouco claras, visando criar uma ideia negativa e não verdadeira do Partido Socialista de Ponte de Lima e das pessoas que o compõe.
O Sr. Director sabe que o actual Governo de Portugal resultou da vitória eleitoral e inequívoca do PS. Assim, possui legitimidade democrática para adequar as suas ideias e convicções à realidade objectiva do País e, de forma racional e decidida, tentar solucionar os graves problemas existentes.
O Sr. Director não soube, não sabe ou não lhe interessa saber quais as posições dos eleitos socialistas nos diversos Órgãos Autárquicos locais, porque nunca manifestou na prática essa preocupação.
Entre muitas outras iniciativas realizadas, em Fevereiro passado, propusemos em sede da Assembleia Municipal o agendamento da discussão do tema “Carta Educativa”. Já durante toda a campanha eleitoral autárquica evidenciamos a importância e a urgência da sua elaboração, e o problema da localização dos Centros Escolares no Concelho. Em todas as sessões das Assembleias já realizadas abordamos o assunto com diferentes intervenções. Na Câmara Municipal, os Vereadores várias vezes tomaram posição sobre os problemas no âmbito educativo e da saúde, dando sugestões e apresentando propostas, como comprovam as respectivas actas.
Aliás, no que concerne à Saúde sempre defendemos a existência de um Serviço de Urgência em Ponte de Lima. Desde a primeira hora estivemos empenhados e integramos as diferentes comissões que se organizaram para intervirem na defesa dos legítimos interesses locais, respeitando as respectivas decisões, cumprindo escrupulosamente o acordo estabelecido entre os diversos intervenientes de não se tomarem posições públicas, sem o cabal esclarecimento das Entidades responsáveis. Porém, pensamos que as “valências” do Hospital devem ser recuperadas, e deverão existir em Ponte de Lima, as actividades para as quais se consigam técnicos e clínicos especializados, pois, caso contrário, sempre que tal se justifique, deverão ser proporcionadas consultas externas, como extensão das verdadeiras “valências” que existem nos hospitais de Viana do Castelo, Braga ou Porto.
Não descortinamos as razões que levaram o Sr. Director a eleger o PS de Ponte de Lima como principal alvo a abater? Registamos que está muito preocupado com o PS, quando refere –“O caso do Hospital de Ponte de Lima (e, eventualmente da esquadra da PSP) pode «ferir» gravemente os socialistas limianos” !!!!!
O Sr. Director desconhece que o PS em Ponte de Lima é um partido opositor à actual gestão do Município? Naturalmente, compreenderá que apesar das acções desleais de que somos objecto, continuaremos a pugnar pelo bem público, a lutar pelo esclarecimento, pela participação dos cidadãos na vida cívica, com boa-fé, bom senso e sem fundamentalismos.
O Sr. Director ao referir que existe uma “política oportunista” do PS em Ponte de Lima, estabelecendo uma comparação entre realidades não comparáveis, como são as actuais problemáticas da Saúde e dos Centros Escolares, ridiculariza as situações e, ao contrário daquilo que deveria fazer que seria procurar a informação correcta em fontes fidedignas, não o faz. Antes, prefere revelar “o que lhe vai na alma” e, sem qualquer fundamento, induzir a opinião pública a formular juízos erróneos da verdade dos factos. O Jornalista deve ser e estar atento, saber que a sua profissão é procurar a notícia e não esperar que ela venha ter com ele.
Não vislumbramos razões próximas ou remotas que poderão estar por detrás desta posição pública do Sr. Director do Jornal “Alto-Minho”?
Como conclusão, dizemos que, em relação às posições assumidas pelo Partido Socialista de Ponte de Lima em todas as áreas da actividade municipal, quem ainda não as percebeu, porque não quis, foi o Sr. Director Fernando Pereira, pois o PS sempre esteve e está disponível para qualquer esclarecimento. Contudo, o que toda a gente já percebeu, e neste capítulo não têm qualquer dúvida, é que o Sr. Director revela com objectividade e empenho que é a “voz do dono”, situação essa que não lhe permite promover uma informação séria, rigorosa e isenta como seria desejável, e que seria também um enorme contributo para o desenvolvimento do Concelho de Ponte de Lima e das suas Gentes.

Jorge Silva

A Problemática da saúde...

Ainda no âmbito da problemática da saúde...a moção sufragada pelos Membros da Assembleia municipal de P. Lima.

MOÇÃO
A Assembleia Municipal de Ponte de Lima, reunida em sessão ordinária, no dia 29 de Abril de 2006, deliberou:

Constituir um grupo de trabalho para recolher todas a informações e apresentar as suas conclusões e propostas ao plenário da mesma Assembleia Municipal, sobre a situação dos serviços de saúde no concelho de Ponte de Lima.

Face a noticias que foram sendo veiculadas por alguns órgãos de comunicação social que apontavam para a possibilidade de encerramento de serviços existentes no Centro Hospitalar do Alto Minho, delegação de Ponte de Lima, designadamente o Serviço de Urgência.

Face ao cancelamento de prestação de Meios Complementares de Diagnostico (radiologia, cardiologia, pneumologia e densitometria) que eram fornecidos aos utentes do SNS, na referida delegação e ao encerramento da consulta externa de cirurgia geral e da realização de pequenas cirurgias, no seguimento do encerramento anterior de outras consultas de especialidade.

Face a informações que eram veiculadas por profissionais e utentes dos serviços de saúde de que existia a possibilidade de realização de obras no edifício do Centro de Saúde de Ponte de Lima, para ai instalar uma Consulta Aberta.

Em face do que antecede, foi deliberado, que a comissão ouvisse diversas entidades com responsabilidade, designadamente Ministério da Saúde, Presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Coordenador da Sub-Região de Saúde de Viana do Castelo, Director do Centro de Saúde de Ponte de Lima e Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Minho.

Em 8 de Maio do corrente, a comissão reuniu com as seguintes entidades:

- Vice-Presidente da Câmara;

- Presidente da ARS Norte e representante do Ministério da Saúde, Dr. Alcino Maciel Barbosa;

- Coordenador da Sub-Região de Saúde de Viana do Castelo, Dr. Manuel João Carneiro;

- Director do Centro de Saúde de Ponte de Lima, Dr. António Amorim;

- Presidente do Conselho de Administração do CHAM, Dr. Martins Alves.

Durante todo o mês foi a comissão e alguns dos seus elementos reunindo e procurando, quer junto da Delegação de Ponte de Lima do CHAM e do Centro de Saúde recolhendo todas as informações que pudessem ser relevantes para este trabalho.

Em 24 de Maio de 2006 o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, foi recebido em audiência pelo Senhor Ministro da Saúde para tratar de assuntos relacionados com os serviços de saúde em Ponte de Lima.

Das questões colocadas na Assembleia Municipal algumas foram sendo solucionadas, designadamente:

a) Prestação de meios complementares de diagnostico aos utentes do SNS: electrocardiogramas, densitometrias, e provas funcionais respiratórias e cardiologia;
b) Consulta de cirurgia geral (apenas num período e sem realização de pequenas cirurgias).

Do trabalho realizado concluí-se que:

1 – A Delegação do CHAM de Ponte de Lima foi objecto, nos últimos anos, de avultados investimentos de que resultou a criação de condições físicas de grande qualidade e que possibilita o funcionamento de várias valências;

2 – Apenas o Serviço de Urgência não reúne “condições de atendimento aos utentes que a ele recorrem, assim como dignificantes condições de trabalho aos profissionais que no referido espaço desempenham funções”;

3 – O Conselho de Administração do CHAM aprovou, em meados de 2004, a proposta de programa funcional de reformulação da área de urgência da Delegação de Ponte de Lima;

4 – Esse programa funcional de reformulação da área de urgência foi aprovado pela actual Sra. Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Saúde;

5 – O Sr. Ministro da Saúde informou o Sr. Presidente da Câmara Municipal de que não há intenção do Governo de encerrar o Serviço de Urgência de Ponte de Lima e que qualquer alteração a verificar-se nesta área será sempre feita com conhecimento prévio da Autarquia;

6 – A Delegação do CHAM de Ponte de Lima presta serviço aos habitantes de Ponte de Lima (cerca de 46 000) e nas áreas de medicina interna e urgência aos utentes de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Paredes de Coura (num total de cerca de 90 000 habitantes) e tem influencia distrital nas áreas geriatria, reumatologia e de medicina física e de reabilitação, 250 000 habitantes.

Em face do que antecede, a Assembleia Municipal de Ponte de Lima, reunida em sessão extraordinária, no dia 29 de Maio de 2006 deliberou:

Exigir junto do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Minho (CHAM):

I – Que desenvolva, de imediato, os procedimentos necessários à concretização das obras no Serviço de Urgência da Delegação de Ponte de Lima, considerando que há da parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal disponibilidade para colaborar na realização das mesmas;

II – Que sejam instaladas na Delegação de Ponte de Lima, todas as consultas externas das valências do hospital de referência;

III - Dinamização da prestação do Hospital de Dia, nomeadamente tratamentos oncológicos, apoio a diabéticos, hemofílicos e doentes com hemocromatose ;

IV – Que sejam disponibilizados todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica existentes na Delegação de Ponte de Lima aos utentes do Serviço Nacional de Saúde, dos Subsistemas e das companhias de seguros;

V – Que sejam maximizados os meios existentes e instalados, na Delegação de Ponte de Lima, designadamente com o alargamento do horário até às 20 horas do serviço de medicina física e de reabilitação, bem como o reforço e consolidação das valências de geriatria e reumatologia.

Manuel Pires Trigo