FORUM DE DEBATE POLÍTICO

sábado, janeiro 27, 2007

Apesar da vaga de frio que atravessa Portugal, o nosso mundo está a aquecer


No século XX, a acção do homem fez aumentar a presença na atmosfera de gases com efeito de estufa - principalmente, dióxido de carbono, metano e ozono - para cerca de 30% acima dos niveis da era pré-industrial, segundo o último relatório das Nações Unidas.
Esta evolução terá consequências gravíssimas para a humanidade.
Este aquecimento produzirá grandes alterações em termos de níveis de evaporação e de precipitação, aliadas inevitavelmente e um ciclo hidrológico mais imprevisível.

Montenegro Fiúza

sábado, janeiro 20, 2007

" ÁGUA SUJA NÃO PODE SER LAVADA"

" A história dos homens", segundo Victor Hugo em os Miseráveis, "reflecte-se na história dos esgotos... O esgoto é a consciência de uma cidade" . Ele usou os esgotos de Paris dos meados do século XIX como metáfora do estado da cidade. Contudo, num sentido mais lato, e Victor Hugo também o viu, o estado do saneamento diz alguma coisa sobre o estado de uma cidade, região ou nação, e diz algo de forma ainda mais profunda sobre o estado do desenvolvimento humano.

Montenegro Fiúza

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Referendo, é urgente discutir!

Dia 11 Portugal é chamado a votos, não para eleger representantes, mas para expressar, pela segunda vez, a sua opinião sobre uma das mais fracturantes questões da nossa sociedade, o aborto.

Neste referendo não está apenas em causa a despenalização da ivg até às 10 semanas, é a própria sociedade e a democracia participativa que estão em causa. Caso, tal como nos anteriores, este referendo não atinja um nível de participação razoável terá que se repensar o referendo e a própria sociedade civil, os seus interesses, a sua responsabilidade e a sua cultura democrática. Não me parece razoável que uma população recordista em manifestações se abstenha de dar a sua opinião quando para tal é convocada. Veremos os resultados.

Quanto à pergunta referendada a minha resposta é SIM.

Decidi sistematizar as principais razões para esta minha opção, mas a maior e mais forte é porque sou contra o aborto. Sendo contra o aborto, não admito que neste país haja gente a viver à custa da realização de abortos sem o mínimo de condições. NÃO ADMITO QUE SE VIVA E ENRIQUEÇA À CUSTA DO ABORTO ILEGAL.

Os Meus Argumentos:

A existência de uma lei que não se cumpre é uma ofensa ao Estado de Direito;
Uma lei que despenalize o aborto não obriga nenhuma mulher a abortar, esta é uma decisão do casal;
Porque não aceito que os meus impostos sejam gastos a perseguir e condenar mulheres que fizeram uma ivg (contraponto aos que dizem que não querem que os seus impostos sejam usados para pagar abortos);
O que está em causa não é o “direito ao aborto”, nem “ser a favor do aborto”, mas antes o respeito pelas mulheres que decidem interromper uma gravidez até às 10 semanas, por, em consciência, não se sentirem em condições para assumir uma maternidade;
A penalização do aborto dá origem à interrupção voluntária da gravidez em situação ilegal e insegura, o que tem consequências gravosas para a saúde física e psicológica das mulheres que a ela recorrem;
Basta abrir um jornal para ver inúmeros anúncios a clínicas e consultórios deste e do outro lado da fronteira onde é possível fazer uma ivg;
Nada se alterou desde o último referendo, continuaram a realizar-se abortos ilegais, muitas mulheres foram a Espanha, algumas a Londres e não vimos os defensores do não protestarem pela ineficácia do planeamento familiar;


Alguns Números:

Calcula-se que, em média, se realizem 20 000 abortos ilegais em Portugal anualmente;
14,5 % das mulheres portuguesas já terá abortado;
Destas 72,7%, interrompeu a gravidez durante as primeiras 10 semanas;
87,5% interromperam a gravidez em Portugal;
39,4% interromperam a gravidez numa casa particular;
40,8% das mulheres que o fizeram consideram ter sido uma decisão muito difícil;
Uma em cada três mulheres que o fizeram teve que recorrer posteriormente a assistência médica.

Pedro Santos Vaz

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Relatório do Desenvolvimento Humano 2006


Acabo de receber do PNUD o seu Relatório do Desenvolvimento Humano 2006, intitulado: A água para lá da escassez, poder, pobreza e a crise mundial da água.

No início do século XXI, vivemos num mundo em que cerca de 2 milhões de crianças morrem anualmente por falta de um copo de água potável e de instalações sanitárias.
Mais de mil milhões de pessoas não dispõem de acesso a água potável, e 2,6 milhões não têm acesso a um saneamento básico adequado.
E assim vai a Humanidade...

Montengro Fiúza

sábado, janeiro 06, 2007

Edmundo Pedro escreve memórias do seu combate pela liberdade!


A Torre do Tombo, em Lisboa, vai ser palco no próximo dia 18, pelas 18h30,da sessão de lançamento do livro "Memórias - Um Combate pela Liberdade",
I Volume, da autoria do histórico militante socialista e resistente
antifascista Edmundo Pedro. Com prefácio de Mário Soares e posfacio de
Fernando Rosas, o livro será apresentado por Pacheco Pereira.

Montenegro Fiúza

ESTA SEMANA VALE A PENA LER:


No jornal Público de 02-01-07 da autoria do Prof.º Vital Moreira - "Aristócracia Operária".

segunda-feira, janeiro 01, 2007

EMPREGO! URGE AGIR!

Em entrevista dada ao Jornal “Cardeal Saraiva”, no dia 29 de Dezembro do ano passado, respondendo ao que considerava “O MELHOR E O PIOR DE 2006”, o Presidente da Câmara de Ponte de Lima, Engº Daniel Campelo, a nível social e económico, revelou de modo explícito, a falta de interesse e apetência para a resolução dos problemas que envolvem as questões do Emprego no Concelho de Ponte de Lima.
Na realidade, os seus mandatos têm sido caracterizados pela insensibilidade, pela demonstração de desinteresse ou pela reduzida preocupação para com uma problemática de enorme importância para o verdadeiro desenvolvimento local.
Terminado que está o período de vigência do QCA (Quadro Comunitário de Apoio), sem que dele a Autarquia Limiana tenha retirado benefícios visíveis, mormente quanto às inúmeras possibilidades em aberto, pese embora os diversos apelos políticos efectuados a nível público e institucional.
Em devido tempo, como por exemplo no período pré e pós eleitoral autárquico, chamámos à atenção para a necessidade de aplicação de orientações estratégicas com grande coerência com vista ao crescimento económico de Ponte de Lima, e à qualificação do emprego, em especial para os Jovens saídos das Escolas Profissionais e do Ensino Superior, através da candidatura e aplicação de Projectos de Investimento de Interesse Regional em estruturas prioritárias.
É que, como todos sabemos, a Câmara Municipal desempenha um papel catalizador essencial no progresso local ou regional, estando o sucesso das suas acções dependente de, entre outros aspectos, da disponibilização de meios económicos e financeiros suficientes, que permitam um aproveitamento das oportunidades disponíveis de desenvolvimento.
Estes Projectos, na qualidade de Incentivos a Iniciativas Empresariais de Interesse Regional, entre outros, possibilitam que a Câmara Municipal de Ponte de Lima, promova a melhoria das condições de atractividade à localização de actividades produtivas nos Pólos Industriais concelhios (que desde há diversos anos têm uma quase nula taxa de utilização), permitiria também a bonificação de juros em linhas de crédito ao investimento autárquico, e possibilitaria ainda, a melhoria dos sistemas e acções específicas da tão necessária valorização territorial.
O QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) que vigorará entre 2007 e 2013 aí está.
O Presidente da Câmara de Ponte de Lima deve deixar de se lamentar, referindo terceiros como principais responsáveis pelo actual estado de coisas, e passar das palavras aos actos.
Para que isto aconteça, de imediato, terá de constituir um Gabinete Autárquico adequado, com pessoal devidamente qualificado, onde todas as questões que envolvem a problemática do Emprego e do Desenvolvimento Empresarial, serão correcta e convenientemente tratadas em parceria com outras Instituições afins, criando condições que atraiam investidores e investimento.
Se assim não actuar, a estagnação continuará e os nossos Jovens com qualificação ou sem ela, continuarão a ter de procurar trabalho noutros locais, não contribuindo para a criação de riqueza na sua região.
O desenvolvimento local e regional não deve ser virtual ou retórico.
É preciso agir já.

Jorge V. Silva