EXERCÍCIO DO DIREITO DE RESPOSTA
O Bissemanário “Alto-Minho do qual o Senhor Fernando Pereira é desde sempre seu Director, auto define-se no seu editorial como: -“Um órgão de informação regional que pretende cobrir, com rigor e isenção e respeitando os princípios deontológicos, a ética profissional dos Jornalistas e a boa-fé dos Leitores, todos os acontecimentos dignos de ser noticiados nos Concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Esposende, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira” (o sublinhado é nosso).
O Sr. Director faz afirmações graves e sem fundamento que, não só contrariam os princípios deontológicos e a ética profissional acima referenciados, como também não respeitam a boa-fé dos Leitores, já que, por omissão premeditada (?) falta à verdade, induzindo-os a formular juízos de valor não condizentes com a realidade dos factos. Não esclarece, nem informa os Leitores com a isenção devida, emitindo opiniões de cariz duvidoso, com intenções manifestamente pouco claras, visando criar uma ideia negativa e não verdadeira do Partido Socialista de Ponte de Lima e das pessoas que o compõe.
O Sr. Director sabe que o actual Governo de Portugal resultou da vitória eleitoral e inequívoca do PS. Assim, possui legitimidade democrática para adequar as suas ideias e convicções à realidade objectiva do País e, de forma racional e decidida, tentar solucionar os graves problemas existentes.
O Sr. Director não soube, não sabe ou não lhe interessa saber quais as posições dos eleitos socialistas nos diversos Órgãos Autárquicos locais, porque nunca manifestou na prática essa preocupação.
Entre muitas outras iniciativas realizadas, em Fevereiro passado, propusemos em sede da Assembleia Municipal o agendamento da discussão do tema “Carta Educativa”. Já durante toda a campanha eleitoral autárquica evidenciamos a importância e a urgência da sua elaboração, e o problema da localização dos Centros Escolares no Concelho. Em todas as sessões das Assembleias já realizadas abordamos o assunto com diferentes intervenções. Na Câmara Municipal, os Vereadores várias vezes tomaram posição sobre os problemas no âmbito educativo e da saúde, dando sugestões e apresentando propostas, como comprovam as respectivas actas.
Aliás, no que concerne à Saúde sempre defendemos a existência de um Serviço de Urgência em Ponte de Lima. Desde a primeira hora estivemos empenhados e integramos as diferentes comissões que se organizaram para intervirem na defesa dos legítimos interesses locais, respeitando as respectivas decisões, cumprindo escrupulosamente o acordo estabelecido entre os diversos intervenientes de não se tomarem posições públicas, sem o cabal esclarecimento das Entidades responsáveis. Porém, pensamos que as “valências” do Hospital devem ser recuperadas, e deverão existir em Ponte de Lima, as actividades para as quais se consigam técnicos e clínicos especializados, pois, caso contrário, sempre que tal se justifique, deverão ser proporcionadas consultas externas, como extensão das verdadeiras “valências” que existem nos hospitais de Viana do Castelo, Braga ou Porto.
Não descortinamos as razões que levaram o Sr. Director a eleger o PS de Ponte de Lima como principal alvo a abater? Registamos que está muito preocupado com o PS, quando refere –“O caso do Hospital de Ponte de Lima (e, eventualmente da esquadra da PSP) pode «ferir» gravemente os socialistas limianos” !!!!!
O Sr. Director desconhece que o PS em Ponte de Lima é um partido opositor à actual gestão do Município? Naturalmente, compreenderá que apesar das acções desleais de que somos objecto, continuaremos a pugnar pelo bem público, a lutar pelo esclarecimento, pela participação dos cidadãos na vida cívica, com boa-fé, bom senso e sem fundamentalismos.
O Sr. Director ao referir que existe uma “política oportunista” do PS em Ponte de Lima, estabelecendo uma comparação entre realidades não comparáveis, como são as actuais problemáticas da Saúde e dos Centros Escolares, ridiculariza as situações e, ao contrário daquilo que deveria fazer que seria procurar a informação correcta em fontes fidedignas, não o faz. Antes, prefere revelar “o que lhe vai na alma” e, sem qualquer fundamento, induzir a opinião pública a formular juízos erróneos da verdade dos factos. O Jornalista deve ser e estar atento, saber que a sua profissão é procurar a notícia e não esperar que ela venha ter com ele.
Não vislumbramos razões próximas ou remotas que poderão estar por detrás desta posição pública do Sr. Director do Jornal “Alto-Minho”?
Como conclusão, dizemos que, em relação às posições assumidas pelo Partido Socialista de Ponte de Lima em todas as áreas da actividade municipal, quem ainda não as percebeu, porque não quis, foi o Sr. Director Fernando Pereira, pois o PS sempre esteve e está disponível para qualquer esclarecimento. Contudo, o que toda a gente já percebeu, e neste capítulo não têm qualquer dúvida, é que o Sr. Director revela com objectividade e empenho que é a “voz do dono”, situação essa que não lhe permite promover uma informação séria, rigorosa e isenta como seria desejável, e que seria também um enorme contributo para o desenvolvimento do Concelho de Ponte de Lima e das suas Gentes.
Jorge Silva
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