Dá que pensar...?
É vergonhoso o estado da nossa política e dos nossos políticos.
O governo deve tomar medidas severas para actuar sobre os deputados que faltaram às votações na passada quarta feira sob pena de pactuar com esta atitude.
Se fosse um vulgar funcionário público, que tantas vezes é caluniado e acusado de não trabalhar e contribuir decisivamente para o pouco rendimento da função pública, já teria sido seriamente penalizado ou quem sabe despedido.
Qual é a autoridade moral desses senhores ao pedir à população que aceite e compreenda as medidas de contenção e restrição actuais, quando existem individuos que recebem salários avultados e não cumprem e honram as suas funções?
Este excerto publicado no Diário Digital/Lusa revela os nomes de alguns desses "senhores".
" AR: 5 dirigentes do PS e 5 do PSD faltaram após assinar
Cinco dirigentes do PS, cinco do PSD e um dirigente do PCP, além de vários ex-governantes socialistas e social-democratas, faltaram às votações de quarta-feira passada depois de terem assinado o livro de presenças.
As notificações dos 103 deputados que faltaram às votações, que não se realizaram por falta de quórum, foram assinadas pelo secretário da mesa da Assembleia da República e deputado do PSD Fernando Santos Pereira e começaram a ser enviadas pelos serviços hoje à tarde.
De acordo com a lista divulgada por Fernando Santos Pereira, os dirigentes do PS Jorge Coelho e Marcos Perestrello e da bancada socialista, Manuel Maria Carrilho e Mota Andrade foram alguns dos 79 deputados que assinaram o livro de presenças mas faltaram ao período de votações.
O vice-presidente da Assembleia da República Manuel Alegre, o ex-comissário europeu António Vitorino, o ex-ministro das Finanças e da Economia Pina Moura.
No PS, 42 deputados assinaram o livro de presenças mas ausentaram-se mais tarde, enquanto no PSD foram 30, entre os quais o secretário-geral do partido, Miguel Macedo, os dirigentes da bancada Henrique de Freitas, Pedro Duarte e Zita Seabra e o vice-presidente da Assembleia da República Guilherme Silva.
O presidente da Comissão Parlamentar de Ética, Matos Correia, e os deputados Nuno da Câmara Pereira, Luís Campos Ferreira, José Pedro Aguiar Branco ou Helena Lopes da Costa foram outros dos 30 social-democratas que assinaram o livro de presenças, mas não ficaram para as votações.
O mesmo sucedeu com o dirigente do PCP Francisco Lopes, com a deputada comunista Luísa Mesquita e, no CDS/PP, com o ex-líder Paulo Portas e os deputados João Rebelo e Abel Batista, enquanto António Pires de Lima e Pedro Mota Soares faltaram a toda a sessão plenária, bem como a deputada do BE Alda Macedo. "
José Carlos Roque
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