A natureza é património de todos
Ao longo dos tempos o Homem foi alterando a sua postura perante o ambiente natural, tendo-se transformado num poderoso agente de desestabilização dos equilibrios ecológicos do planeta.
Avolumam-se as pressões humanas sobre valores do ambiente, como sejam:a água, a floresta, o litoral, os solos, as espécies, entre outros, são poluídos, destruídos e ocupados deixando às gerações vindouras um país menos rico e menos aprazível, se nada for feito para o contrariar.
Os números falam por si, pois considera-se que em cada segundo desaparece da superficie da terra 1 hectare de floresta, apesar disso o seu abate aumenta de ano para ano, levando ao desaparecimento de cerca de 5 mil espécies vivas.
Mas igualmente preocupante são os discursos à volta da matéria, por parte daqueles que têm demonstrado ao longo da sua "acção governativa" ausência de uma política de ambiente progressiva e consequente.
Até mesmo nesta terra milenária de medievos e romanos, dos saudosos Norton de Matos e Manuel Tito de Morais, situada nos contrafortes das serras do Vale do Lima, banhada pelo rio que lhe dá nome, e que em tempos foi distinguida com prémios europeus pela limpeza e pela beleza dos seus jardins,hoje vamos assistindo ao avanço do betão, à poluição do rio lethes, enquanto alguns com responsabilidades acrescidas nesta matéria, vão desfilando a sua efémera vaidade com inaugurações e
acções meramente mediáticas.
É necessário o desenvolvimento de actividades ambientais criadoras de emprego (desenvolvimento de segmentos industriais e de serviços da fileira "ecológica").
A devolução aos agentes sociais da capacidade de participação, formulação e execução de políticas: criar uma dinâmica de concertação estratégica que corresponda à necessidade reconhecida de pensar globalmente e actuar localmente.
Uma política de educação ambiental que leve a amar e proteger a natureza.
A natureza é um conjunto de vidas.
A natureza é também a nossa vida.
Cabe-nos protegê-la.
Montenegro Fiúza
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