Ideias para uma nova gesta!
“Não é nas Universidades que se aprende a ter vergonha na cara! É na nossa casa”.
Lula da Silva, Presidente do Brasil.
Foi com raro sentido de oportunidade, e com saber de experiência feito, que o ilustre Presidente brasileiro fez, em Junho do ano passado, a afirmação referida.
De facto, sem pretender ser moralista, creio que este ponto de vista se encaixa perfeitamente em determinadas eminências pardas da nossa comunidade, em especial, do espectro social.
Na política local, hoje parece estar a surgir aquilo que se designa por “mobbing”, uma técnica para influência de massas, um expediente para induzir aos múltiplos tipos de consumo, uma maneira habilidosa e sub-reptícia de iludir os incautos, uma certa forma de pressão psicológica, sem pudor, com intenções objectivas mas, à primeira vista, pouco claras.
E isto não é um amontoado de palavras ou simples verborreia. Não é a chamada conversa da treta. É pura realidade.
Como gosto de aprender com quem sabe, com pessoas que não só saibam mais, mas que, acima de tudo, tenham feito melhor, socorro-me com alguma regularidade do pensamento ou das ideias de sábios eminentes, como é o caso do Engenheiro Edgar Cardoso que, certo dia, referiu: - “em todos os rios há sempre um sítio, que existe ou que foi feito, para pôr uma ponte”.
Nesta perspectiva e com a deferência devida, seria muito bom que neste rio social em que vivemos, cujo caudal aumenta proporcionalmente ao chorrilho de provocações, impropérios e insultos, muitos pontos separados entre margens se unissem, através dos sítios que em grande número existem, para possibilitarem o surgimento de novas realidades, para a edificação de novas e verdadeiras pontes de desenvolvimento, um ambiente mais saudável.
É necessário pôr a ponte no sítio certo.
É preciso pôr os pontos nos iis. Mas, de forma adequada, sem subterfúgios, com lealdade e sem cobardias. Com frontalidade, respeito e nos locais e formas certas.
Diz o Povo, e com alguma razão, que faz mais quem quer do que quem pode! E querer é poder.
É que, o todo é mais do que a soma das partes. Entre duas partes há sempre um intervalo, por mais insignificante que seja. Portanto, às partes é necessário somar também os intervalos.
E um bom político não dá conselhos, faz diagnósticos e age em conformidade.
Jorge V. Silva
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