FORUM DE DEBATE POLÍTICO

terça-feira, agosto 22, 2006

A Expovaca do Lima



A nossa Expovaca foi inaugurada com alguma circunstância e nenhuma pompa nas Feiras Novas de 2005. O seu objectivo era ser a placa giratória do gado dos prados verdejantes do Lima em direcção aos grandes centros consumidores.
Objectivo gorado, eis que a nossa Expovaca passa, sem nenhuma pompa nem qualquer circunstância, a Expolima. Enfim, dessem-lhe alguma utilidade àquele inestético mamarracho, era o que se pedia.
Só que o azar anda a perseguir quem, com tão boas intenções, presumo eu, não quer que o dinheiro lá gasto seja dinheiro deitado fora. O calor não ajuda e as pessoas fogem. As associações convidadas não dão conta do recado e as suas iniciativas estão cheias de vicissitudes que envergonhariam qualquer um.
Os ditos Festivais de Música só forneceram pratos requentados em 3º. ou 4ª. extracção e música a metro para afugentar demónios e os que estão na cama que venham ajudar que o noite é nossa.
A Festa do Vinho parece que até foi a que melhor correu mas não se livrou de alguns percalços e desentendimentos. A Câmara promete que no próximo ano o vinho vai correr melhor, esperamos para ver.
A Feira de Artesanato e Petiscos foi uma calamidade. Os Artesões não queriam os Ranchos Folclóricos a preparar petiscos, estes não queriam um tasquinho de uma das equipas que se formaram para colaborar com a Liga Portuguesa contra o Cancro na campanha “Um Dia pela Vida” e estes não queriam chatear ninguém. Enfim, só queriam vender o que com tanto custo e empenho andaram a pedir pelos estabelecimentos da vila que no geral tão bem colaboraram.
Só que chatices não faltaram, discussões antes, durante e depois do evento, intervenções nada conciliadores do Vereador responsável, atitudes e termos que deveriam estar arredadas do nosso convívio, palavra puxa palavra, quando falta alguém com autoridade e bom senso para coordenar iniciativas que vivem do velho espírito egoísta está o caldo entornado.
E dizem muitos que se não fosse por respeito ao sacrifício que tantos tinham já feito é que o caldo se entornava mesmo. Lá isso tinha.

Manuel de Sousa Pires Trigo