FORUM DE DEBATE POLÍTICO

sábado, fevereiro 17, 2007

Lisboa quem te viu e quem te vê...

E o tempo a passar ...
Passou mais uma semana e a actual maioria que governa a CML continua sem apresentar aos lisboetas um rumo estratégico para fazer face a esta situação de "colapso político".
Não foram capazes de elaborar um Plano estruturado e consolidado para redução do crescente endividamento da CML. A sua remissão para o Orçamento não colhe. Aliás, a alteração que já apresentam para votação na próxima reunião de Câmara é exemplo dessa incapacidade estratégica e de uma gestão pouco eficiente.
Do mesmo modo, apesar das promessas, não conseguem ter o discernimento político para alinhavar uma estratégia para reestruturação de todo o sector empresarial do município. As propostas parcelares, que nos têm apresentado, de mera gestão e pouco propicias a reduzir a despesa corrente do município, são reveladoras dessa incapacidade.
A melhoria significativa de todos os procedimentos conexos com o acesso, em tempo útil, à informação por parte dos Vereadores da oposição nomeadamente em matéria de urbanismo é algo que não passa das declarações de intenção.
Aliás, Carmona Rodrigues é especialista em concordar, sem nada fazer, ou em referir que nada sabe - continuando a pouco fazer. Como o Contra-Informação tem demonstrado de modo irónico mas bem retratado.
Igualmente, o exaustivo, completo e cabal esclarecimento, de tudo o que houver para esclarecer, nos assuntos Parque Mayer, Vale de Santo António, Alcântara Rio, EPUL, Infante Santo, entre outros, não tem avançado. O mistério do Despacho a determinar a sindicância, depois de muita ressão da oposição, é disso revelador. Será que ainda o estão a elaborar? Ou é tão secreto, tão secreto, que, apesar dos sucessivos pedidos, está fechado em algum cofre? Na falta de verbas para pagar em tempo útil o que se deve os cofres sempre podem servir para guardar este misterioso despacho.
Ao invés, o Presidente Carmona Rodrigues e a sua maioria só apresentaram um pacote de falsidades, ataques pessoais, desculpas, campanhas de tentativa de colocação de notícias na imprensa, entre outros truques da mais pura baixa política. Era este o exemplo do "novo político"?
Com a cumplicidade política de Marques Mendes (a "ética mendista" funciona com alguns mas pára em Leiria, Lisboa e na Madeira) e de Paula Teixeira da Cruz (nunca vi uma Assembleia dirigida com tantos "tiques de autoritarismo" e com tanto desrespeito pelos Vereadores da oposição e pelos mais
elementares princípios de defesa da honra) Carmona lá se vai tentando aguentar. Sem pensar em Lisboa e nos lisboetas mas sim na manutenção dos lugares e do poder pelo poder.
Começa a ser tempo de o trio Carmona/Mendes/Cruz ser responsabilizado pela actual gestão da cidade. Ou será que ainda teremos de bater mais no fundo?

Rui Paulo Figueiredo